Dualidade do Cuidar: entre o amor pelo outro e o cuidado consigo mesmo
- Roni Coelho
- 5 de nov.
- 2 min de leitura

Cuidar é um ato de amor. Mas quando falamos sobre o cuidado com pessoas idosas, especialmente em situações de fragilidade ou dependência, esse gesto se torna mais complexo e profundo do que parece à primeira vista. A chamada “dualidade do cuidar” surge exatamente nesse contexto: a necessidade de encontrar equilíbrio entre oferecer atenção, carinho e suporte ao outro, e ao mesmo tempo preservar a própria saúde física e emocional.
Para familiares e cuidadores profissionais, esse desafio é cotidiano. Muitas vezes, quem cuida mergulha tanto nas necessidades do idoso que acaba esquecendo de si mesmo. Sentimentos como culpa por tirar um tempo para descansar, ansiedade por medo de não estar sempre presente, e até exaustão emocional tornam-se comuns. O resultado, com o tempo, pode ser o esgotamento, também conhecido como burnout do cuidador, um estado de fadiga profunda que afeta tanto quem cuida quanto a qualidade do cuidado oferecido.
Por isso, refletir sobre essa dualidade é essencial. Um cuidador que está emocionalmente sobrecarregado, sem apoio ou sem descanso, pode reagir com impaciência, cometer pequenos erros e se tornar menos disponível para oferecer estímulos positivos ao idoso. Ao contrário, quando o cuidado acontece com suporte, equilíbrio e escuta ativa, os benefícios são percebidos de forma clara. O idoso sente-se mais seguro e valorizado, e o cuidador sente-se reconhecido, fortalecido e com disposição renovada para continuar sua missão.
Aqui no Residencial Geriátrico Porto Alegre, acreditamos que o cuidado só é verdadeiro quando ele valoriza as duas pontas dessa relação: quem recebe e quem oferece. Por isso, promovemos um ambiente acolhedor, com uma equipe multidisciplinar que divide responsabilidades e evita a sobrecarga individual. Também mantemos um canal de diálogo constante com os familiares, para que eles se sintam amparados, ouvidos e, acima de tudo, não sozinhos.
Para aqueles que cuidam em casa ou desejam compreender melhor como lidar com essa jornada, é fundamental reconhecer que o autocuidado não é egoísmo é uma condição para continuar cuidando bem. Reservar um tempo para si, buscar apoio sempre que possível, manter vínculos sociais e afetivos, e respeitar os próprios limites são atitudes que, ao contrário do que muitos pensam, não afastam o cuidador do idoso, mas fortalecem essa relação.
Reconhecer a dualidade do cuidar é um passo importante para transformar esse processo em uma experiência mais humana, saudável e sustentável. Cuidar do outro sem esquecer de si mesmo é um ato de coragem e maturidade. E o mais importante: é também uma forma legítima de amor.
Agende uma visita ao nosso residencial e venha conhecer de perto como promovemos um cuidado que respeita o bem-estar do idoso e valoriza a saúde emocional de quem o acompanha. Estamos aqui para caminhar com você.

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